Dia
desses, eu e Leila fomos à feira fazer compras para o período junino.
Gostamos da época para comermos canjica, milho, amendoim cozido, bolo de
aimpim e outras delícias. Embora eu não seja exatamente fã de feiras
livres, a possibilidade da mesa farta me motivou. Chegamos, compramos
uma sacola e partimos para a “batalha”.
À
medida que íamos enchendo a sacola de guloseimas ela ia ficando mais
pesada e, obviamente, cada vez mais difícil de ser carregada. Leila
notou e se ofereceu para me ajudar. Mas eu, querendo ser cavalheiro, não
aceitei. Ela ficou chateada, achava que não era nada demais dividir o
peso de uma sacola, que minha atitude era um machismo besta e que,
carregando nós dois juntos, poderíamos fazer as compras com mais
rapidez.
Mesmo
discordando, acabei cedendo e compartilhando a sacola com ela. Não sei
se fizemos as compras com mais rapidez, nem se foi mais prático. Mas de
uma coisa tenho certeza: A nossa comunhão foi muito maior e as compras
muito mais divertidas.
Enquanto
perambulávamos entre as barracas da feira, refleti sobre como muitas
vezes, com o nobre propósito de poupar o outro, nós resolvemos carregar
sozinhos o fardo de nossas vidas e perdemos a preciosa possibilidade de
termos alguém do nosso lado compartilhando nossos problemas. Mesmo
quando não podemos efetivamente resolvê-los, o simples fato de
compartilhar nem que seja uma “alça” da nossa “sacola” de mágoas,
ressentimentos, angústias e preocupações, já é, por si só, um fator de
união entre os casais. E nos faz mais próximos de experimentarmos a
plenitude de sermos uma só carne.
Pr. Denilson Torres
O Evangelho Sem Máscaras
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