Nos
últimos dias ganhou espaço na mídia brasileira a história da jovem que
resolveu vender sua virgindade pela internet. Este leilão seria parte de
um documentário produzido na Austrália onde um rapaz russo também
estaria vendendo sua virgindade. Qual o objetivo do tal documentário,
além de ser uma boa fachada para o cafetão, autor da ideia, eu ainda não
atinei. A menina diz que além de participar desta obra, digamos,
“sociológica”, ela pretende com o dinheiro viabilizar um projeto pessoal
e também fazer uma obra social, tudo politicamente correto como manda o
figurino da nossa época. Já se sabe até que um japonês supostamente
arrematou a virgindade da brasileira por algo em torno de um milhão e
meio de reais.
Não
sei o que se passa na cabeça de um homem disposto a pagar um milhão e
meio de reais para romper um hímen, pois de virgem esta menina não tem
mais nada além deste pedaço de pele. Certamente este japonês, se
existir, tem muito pouco de saudável. Já se noticiou que a jovem
supostamente já tentou vender sua virgindade a um conhecido cafetão da
noite paulista por modestos cem mil reais, uma bagatela se compararmos
ao valor alcançado no leilão. Além de ter uma saúde sexual para lá de
suspeita, o tal japonês mostrou ser muito ruim de negócio...
Ironias
à parte, fato é que estamos na era onde do relativismo dos valores é a
tônica. “Pagando bem que mal tem” parece ser a frase que identifica esta
geração, assim como a lei de Gerson identificou os valores da geração
anterior. Se bem pago nada há de errado. As prostitutas que recebem
vinte reais se tornam “garotas de programa” quando o “cachê” ultrapassa
as centenas de reais. As amantes tornam-se “namoradas” ou “affair”
quando o adultério é cometido pelos ricos e/ou famosos. A arrogância se
torna autenticidade.
Mas
por mais que se tente tapar o sol com a peneira, a realidade é que esta
jovem apenas está exercendo a chamada “profissão mais antiga do mundo”,
está se prostituindo, não importam os valores financeiros, nem o nível
social dos envolvidos. Assim também como nossa sociedade que se
prostitui cada vez mais no lamaçal da falta de valores onde ser
celebridade, ser famoso não importa como, parece ser o ápice da
felicidade e da realização humana.
Nos
dias de hoje privacidade e discrição são palavras fora de moda. O bom é
expor-se. Na briga pela fama vale tudo: Vídeos de encontros íntimos são
publicados à velocidade espantosa gerando celebridades instantâneas,
intimidades são expostas sem o mínimo pudor, gente sem um pingo de senso
de ridículo são os “memes” da vez.
Neste
"admirável mundo novo" o ser humano continua o mesmo, explorando a
miséria dos outros, se vendendo a qualquer preço e andando em um vazio
existencial que só denúncia o quanto estamos ficando longe de Deus.
Pr. Denilson Torres
O Evangelho Sem Máscaras
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